A presença do Aurora Dourada tem sido legitimada por alguma comunicação social, esta é pelo menos a opinião de Aris Chatzistefanou que é director dos documentários 'Dividocracia' e 'Catastroika', numa entrevista dada ao jornal “El Diário” o jornalista afirma que ““sem o apoio da elite política e económica, o Aurora Dourada não teria obtido mais que 0,5% dos votos”. O jornalista grego explica que existe desde há algum tempo uma cumplicidade entre a comunicação social e o movimento neonazi que procura retratar a violência do Aurora Dourada com as lutas sociais( greves, manifestações). No fundo é procurar retratar os dois extremos como sendo parecidos, ignorando a ideologia nazi desse partido. “Começam com o Aurora Dourada mas também querem lutar contra os sindicatos, os trabalhadores e a esquerda em geral. Não acho que queiram realmente combater o neonazismo. Continuarão a utilizá-lo para a sua política”. Obviamente que este tipo de jornalismo tem impacto nas sondagens e na formatação da opinião pública e vem reforçar o discurso populista praticado pelo Aurora Dourada. Na altura em que vários membros de extrema-direita gregos foram presos admiti que seria um passo importante no desmantelamento deste movimento mas era insuficiente se não fosse acompanhado de uma mudança profunda na sociedade grega e que eliminasse os factores que levaram à ascensão deste partido e tal como afirma Aris Chatzistefanou “o Aurora Dourada, ainda que se apresente como “anti-sistema”, trabalha, na realidade, para “o que poderíamos chamar ‘o grande capital’: apoiam as privatizações e a evasão fiscal”.
6 Dezembro 2013
Rui Campos
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