sábado, 7 de dezembro de 2013

Reacções a 67 milhões a menos

Num período de constante austeridade económica que o nosso país tem vindo a passar, foram vários os cortes apresentados no Orçamento de Estado para 2014.
                  A Região Autónoma dos Açores não fugiu à regra. O orçamento regional prevê que os Açores irão receber 251 milhões de euros, uma redução significativa relativamente ao valor de 318 milhões do orçamento anterior (uma redução de 19 por cento).
Tal como em todo o país, a reacção sobre o orçamento não foi a mais satisfatória, no entanto, os responsáveis partidários reagiram rapidamente em função de conseguir amenizar o impacto da crise e austeridade nos Açores.
"Se há palavras que podem sintetizar a forma com o Governo dos Açores encara este ano de 2014 são essencialmente duas: confiança e esperança.” Indica o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, acrescentando que o Executivo mantém o propósito de combater a conjuntura actual. “Temos condições para construir cada vez mais as soluções que ajudem as famílias e que ajudem as empresas açorianas a ultrapassar esta fase". Com isto viu-se o esforço do Partido Socialista e do Governo dos Açores na implementação de um plano de investimento e criação de novos postos de emprego para 2014, de modo a ajudar as famílias e empresas açorianas.
Na discussão de aprovação do orçamento regional, o Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, aclamou para a necessidade de uma união e contribuição de ideias dos restantes parceiros sociais, “em coerência com o que sempre fez o PS, que tem uma prática de diálogo e concertação social como nenhum outro partido alguma vez teve nos Açores" acrescentou. Sendo assim, o partido maioritário do parlamento regional confirma que irá aprovar todas as propostas dos restantes partidos opositores para o Orçamento de Estado, indicando que “este é o tempo de promover consensos”.
                  O PSD viu com maus olhos estas acusações por parte do partido líder do Executivo, realçando que a primeira preocupação do Governo devia estar sobre os cidadãos açorianos e não sobre a oposição. O líder do PSD/Açores, Duarte Freitas, considera que “os documentos apresentados pelo Governo Regional devem ser encarados como um verdadeiro programa de emergência para a economia dos Açores”, referindo ainda para a importância de uma atitude cooperativa perante todos os partidos face “à maior crise financeira, económica e social da autonomia", não querendo se deixar levar pelos pressupostos apresentados pelo Executivo. Os sociais-democratas insistem na crítica de que o Governo Regional deveria apresentar documentos capazes de promover um “programa de emergência para a economia dos Açores”, ao contrário do que foi apresentado pelo Partido Socialista. Duarte Freitas explica “uma parte das verbas previstas no plano não são para investimentos novos. São para pagar rendas de investimentos que já foram feitos. Isso também obriga a que façamos outro tipo de análise relativamente a um plano, que é dito de investimentos para o futuro, mas que no caso tem verbas para pagar investimentos do passado”
                  O Bloco de Esquerda e Partido Comunista sentenciam a proposta orçamental para 2014, explicando que esta apresenta as mesmas políticas que já provaram não resolver os problemas do arquipélago. O coordenador do PCP nos Açores, Aníbal Pires refere que os mesmos problemas que a região autónoma enfrentava há 30 anos, permanecem na região, tais como “baixas qualificações, baixos rendimentos, desertificação, falta de coesão regional, desemprego elevado, pobreza, dependência externa, escassa diversificação da economia, baixo valor acrescentado”, entre outros. A deputada Zuraida Soares e líder do BE Açores apela para a necessidade de desacelerar “o caos social” que tem vindo a aumentar, do qual o Governo Regional não tenha apresentando qualquer solução e ter proposto as mesmas medidas dos últimos anos que não melhoraram a situação da região autónoma.
                  O executivo regional, responde a todas as acusações com o seu líder parlamentar como porta-voz a referir “temos divergências políticas e ideológicas com todos os partidos da oposição. É normal e saudável que assim seja. Mas isso nunca se pode sobrepor ao interesse colectivo, sobretudo no tempo de excepção que atravessamos”. No fim do debate, a maioria partidária aprovou as propostas dos opositores, excepto do Bloco de Esquerda, devido à falta de consenso.
Agora, só resta aos cidadãos açorianos esperar pela aprovação do OE dos Açores. já se ouviram muitas críticas e discussões no que concerne à coesão dos partidos, medidas inovadoras que possam permitir o combate à crise e austeridade e primordialmente para os cidadãos do arquipélago, a luta contra o desemprego. Berto Messias mesurou o esforço por parte de todos os grupos partidários e concluiu o debate defendendo que todas as propostas apresentadas pelo Governo dos Açores “materializam uma agenda compensatória para amenizar os impactos da crise e das más opções políticas do Governo da República".



Rui Câmara 212303




Fontes:
                  http://www.azoresdigital.com/noticias/ver.php?id=18731
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/be_e_pcp_reiteram_oposicao_no_final_do_debate_do_orcamento_dos_acores.html
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/ps_apela_ao_consenso_no_final_do_debate_do_orcamento_dos_acores.html


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