No que vem sendo habitual
na análise política feita por António Lobo Xavier semanalmente, os termas da
sua abordagem incidiram nas declarações do antigo Presidente da República,
Mário Soares e sobre as “supostas” pressões ao Tribunal Constitucional, que a
seu ver é um problema artificial.
No primeiro ponto da sua
análise crítica as declarações de Mário Soares, que avalia como sendo
instigadoras à violência, diz mesmo : “ As declarações são agressivas , pouco
rigorosas. Até mesmo no estilo de artigos de jornal que escreve perdeu a
vivacidade que teve no passado”. O comentador diz compreender a conferência
organizada pelo antigo Presidente, pois a sociedade civil sente-se indignada
com os acontecimentos da vida política e que é uma forma de pressão, sobretudo
nos últimos tempos no que respeita à defesa da Constituição e ao Estado Social.
Na sua perspectiva são temas que fazem parte
da actualidade da agenda política, que estas temáticas dividem os
partidos ( o PS do PCP, o PS do PSD). É da opinião que o Partido Socialista
exibe a Constituição no sentido de demonstrar que é o seu grande defensor,
querendo transparecer para a opinião pública que os “outros” (os partidos do
Governo) são destruidores do Estado Social e não defendem a Constituição.
A seu ver não considera
que exista um “ataque” ao Tribunal Constitucional, e que certo tipo de
manifestações públicas que se fazem à volta desta temática não fazem muito
sentido. Na opinião do comentador as pressões ou melhor as “supostas” pressões ao
TC não são propriamente importantes, tendo em conta que vem de figuras externas
à vida política portuguesa, e que o Primeiro-Ministro tem um discurso ocasional
sobre estas temáticas. Considera que existe uma comunidade jurídica fortíssima
em Portugal, que vai da esquerda à direita, e que não existe nenhum indicador
de insatisfação quanto ao Tribunal ou à Constituição. Partilha da opinião que
de facto o TC tem um problema difícil relativamente ao Orçamento de Estado,
pois é um terreno perigoso no que diz respeito a alguns pontos do documento.
Contudo, esses problemas advém de algumas falhas do executivo a seu ver.
O comentador refere que o
facto de não existir uma oposição forte traz consigo um certo tipo de impasse,
pois a seu ver o PS não é capaz de construir uma alternativa com ideias sólidas
para o país. A incógnita vai se mantendo à medida que o tempo passa no que
respeita às alternativas, porque parece não existir uma saída nem de um lado
nem do outro. Resta saber como será o futuro!
Paloma Colaço
Nº212272
Fontes :
Programa “Quadratura do Círculo” da Sic Notícias, 21 de
Novembro.
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