Face às políticas de austeridade que o governo quer aplicar
aos portugueses no próximo ano, os protestos vão aumentando em todas as áreas da
sociedade como, a educação, saúde, justiça, segurança.
Relativamente à educação, o destaque vai para a manifestação
de estudantes do ensino superior, que ocorreu no passado dia dezanove de
Novembro em frente à Assembleia da República e, para o corte de relações dos
reitores das universidades com o governo sobretudo, com Nuno Crato. De referir
também as manifestações por parte dos pais que exigem escola para os seus
filhos.
Também as forças de segurança da PSP e militares manifestam
o seu descontentamento ao que aí vem, manifestando-se contra os cortes
orçamentais e procuram demonstrar que não aceitam a contínua degradação da
qualidade de vida económica, social e profissional.
Também na área da Justiça o desagrado se fez sentir. Na
passada segunda-feira (24 de Novembro de 2013), os magistrados do Ministério
Público manifestaram-se contra a redução dos seus vencimentos, a redução de
pessoal, exigindo novos regimes de remuneração e de gestão de oficiais. Uma
acção de protesto que segundo o sindicato dos magistrados com 90% de adesão. Procurou-se
com esta greve ” a dignificação do sistema de justiça e a defesa do estatuto socioprofissional
dos magistrados e o Estado Social de Direito”.
Uma acção que contou com a presença de funcionários
judiciais, oficiais de justiça e funcionários de investigação criminal, convocados
pelos respectivos sindicatos. Os vários sindicatos criticaram a política
orçamental para a Justiça apontando vários problemas: A descredibilização da
justiça, a falta de condições de trabalho, o défice de funcionários judiciais,
os cortes remuneratórios e no orçamento da justiça para 2014, a falta de
equipamento e de condições de trabalho e problemas informáticos nos tribunais.
No que diz respeito à área da Saúde os protestos mantêm-se,
profissionais de Saúde, reformados e professores protestam contra o OE 201,
exigindo a demissão do governo. De acordo com o coordenador da União de
Sindicatos do Porto da CGTP, João Torres, o OE “ prevê a continuação da
política de desastre para Portugal” e “ põe em causa uma das mais belas
conquistas do 25 de Abril que é o SNS”. (1)
Ainda esta segunda - feira (26 de Novembro de 2013), no
Ministério da Saúde activistas sindicais e dirigentes manifestaram-se contra o
OE que consideram ser uma “asfixia e um roubo para os trabalhadores e para a população.
Ainda assim, aos manifestantes foi garantido que será entregue a Paulo Macedo uma
resolução em defesa do SNS, contra os despedimentos na função pública, contra
os despedimentos no sector da saúde e o encerramento de algumas instituições
como a Maternidade Alfredo da Costa ou o Hospital Pulido Valente. (2)
Ainda durante a mesma vaga de protestos organizada pela
União dos Sindicatos de Lisboa, outros ministérios foram ocupados como o
Ministério do Ambiente Ordenamento do Território e Energia e, o Ministério da
Economia. Estes e outros protestos que decorreram por todo o país ao mesmo
tempo que estava a ser votado o OE 2014, que Arménio Carlos, secretário-geral
da CGTP afirma ser um orçamento violento que vai contra a Constituição e viola
os direitos plasmados na Carta dos Direitos Humanos, sobretudo o direito dos
trabalhadores a uma remuneração equitativa. O secretário - geral anunciou
ainda, que vai ser iniciado um movimento para aumentar os salários, nomeadamente
o salário mínimo. (2)
Em várias ocasiões o Bloco de Esquerda já se colocou do lado
do povo defendendo que, é através do protesto que o país diz “ não” à
austeridade e exige respeito por quem trabalha, solidariedade e dignidade. É assim
que o Bloco continuará, lutando ao lado dos que mais são afectados pelas
violentas políticas de austeridade do governo, uma vez que, na Assembleia da
República, as suas alternativas ao que aí vem não agradaram à maioria.
Jéssica Caetano
Fontes
1. .net, Esquerda.
http://www.esquerda.net/artigo/concentra%C3%A7%C3%A3o-no-porto-em-defesa-do-sns/30378.
[Online]
2. Esquerda.net.
http://www.esquerda.net/artigo/sindicalistas-da-cgtp-ocuparam-4-minist%C3%A9rios/30381.
[Online]
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