O vice primeiro-ministro, Paulo Portas, apresentou um documento sobre a
reforma do Estado a realizar futuramente, abrindo debate com a oposição,
parceiros sociais e a sociedade civil, de forma a alterar o que for necessário
no guião. Apesar da motivação por parte do Governo de Pedro Passos Coelho, múltiplas
foram as reacções dos vários sectores do país, especificamente no sector patronal.
O executivo anunciou uma reunião com a Comissão Permanente
de Concertação Social, para que seja realizada uma discussão conjunta sobre o
guião apresentado.
Por
parte dos grandes sindicatos, CGTP e UGT, as reacções foram negativas às
medidas expostas, no entanto estão dispostos ao diálogo com o Governo.
Por
outro lado, as Confederações do Comércio e da Agricultura estão totalmente
abertas para discutir as propostas. João Vieira Lopes, presidente da
Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, afirma que a “credibilidade do
documento depende da forma como o Governo se vai empenhar na discussão das
medidas”. Se isso não se verificar, este guião é considerado apenas um documento
de propaganda política. Numa outra perspectiva, João Machado, presidente da
Confederação dos Agricultores de Portugal, diz que é importante existir disponibilidade
e interesse para o debate sobre a reforma do Estado, mas tem que ser realizado
a curto prazo, para que se inicie rapidamente a reestruturação do aparelho
estatal.
Os empresários,
pela voz de António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria
Portuguesa, mostraram expectativas elevadas relativamente ao documento, mas tem
que existir consenso entre as forças políticas e sociais no plano da acção do
plano.
Também
Augusto Mateus, ex – ministro da Economia, afirma que a reforma do Estado já
deveria estar feita, de forma que o aparelho se torne mais simples e com funções
actualizadas, adaptadas à actualidade. É necessário garantir uma economia
dinâmica que gere coesão social. Também destaca que o programa de ajustamento
foi tardio e precipitado. Luís Filipe Costa, presidente do IAPMEI, declarou que
o Estado deve cumprir todos os prazos, no entanto, realçou que “o Estado é o
que mais tarde paga e o que mais longos prazos tem”.
Este guião apresentado pelo executivo
tem sido alvo de bastante crítica, no entanto, no geral o sector patronal
mostrou-se apelativo ao diálogo, de forma que sejam concretizadas as melhores
opções de reformulação do aparelho do Estado.
http://www.publico.pt/economia/noticia/sindicatos-e-patroes-a-espera-do-governo-na-reforma-do-estado-1610997,
consultado dia 7 – 11 – 2013 às 16.43h;
http://www.publico.pt/economia/noticia/patroes-defendem-que-reforma-do-estado-tem-de-ser-politicamente-consensual-1610771,
consultado dia 7 – 11 – 2013 às 16.56h;
http://rr.sapo.pt/opiniao_detalhe.aspx?fid=25&did=127230
, consultado dia 7 – 11 – 2013 às 17.08h;
http://portugueseindependentnews.com/portugal-patroes-admitem-dificuldade-cumprir-decisao-tc/,
consultado dia 7 – 11 – 2013 às 17.15h.
Ana Rita Gato
(212268)
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