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GLRP |
É a única instituição Maçónica Portuguesa
internacionalmente reconhecida como Regular. A Maçonaria Regular foi institucionalizada a partir de 1717
regendo-se por princípios que se baseiam apenas na aceitação como Maçons Regulares
os homens livres e de bons costumes, crentes no Criador e que façam a exclusão
de qualquer controvérsia referente à Política ou à Religião. Os trabalhos das
Lojas Maçónicas Regulares são conduzidos à Glória do Grande Arquitecto do
Universo e na presença das três grandes Luzes da Maçonaria: o Livro Sagrado, o
Esquadro e o Compasso. A análise rigorosa destes princípios distingue a Maçonaria Regular de outras formas de
entender e praticar o fenómeno, designadamente da Maçonaria dita Irregular ou
Liberal nascida em França. Contudo, a esta mencionada distinção de princípios,
é de salientar algo comum a toda a boa prática da Maçonaria, seja Regular, Irregular ou Liberal, que passa pela existência de um método específico de aperfeiçoamento
pessoal e moral. Este é essencial ao espírito e à prática maçónica, pois é a
contribuição do conhecimento e do esforço individuais para que o grupo onde o
indivíduo se insere, a Loja, contribua activamente no aperfeiçoamento individual
e colectivo.1
Só os Maçons Regulares são admitidos nas
reuniões formais de Lojas Regulares. Só as Grandes Lojas ou Grandes Orientes,
que cumpram inteiramente essas regras e se enquadrem nos princípios definidos
para estabelecer os critérios de reconhecimento, são admitidas no concerto
universal da Maçonaria Regular. O Reconhecimento é o acto pelo qual uma
Potência Maçónica declara que uma outra respeita todos os princípios e todas as
regras da Maçonaria Regular. As Lojas da Potência reconhecida como regular são
também reconhecidas como tal e os obreiros das mesmas são recebidos como irmãos
Maçons Regulares. Este reconhecimento tem de cumprir determinados princípios que
foram definidos para tal, entre eles:
- Cada Grande Loja ter sido criada
regularmente por outra devidamente reconhecida ou por três ou mais Lojas
regularmente constituídas;
- A crença no Supremo Arquitecto do
Universo e na sua vontade revelada seja uma condição essencial para admissão
dos membros;
- Que todos os iniciados prestem o seu
compromisso sobre o Livro da Lei Sagrada, livro pelo qual se exprime a revelação
do Ser Supremo ao qual o individuo fica, em consciência, irremissivelmente
ligado;
- A composição da Grande Loja e das Lojas
particulares seja exclusivamente masculina e que cada Grande Loja não mantenha
quaisquer relações maçónicas, com Lojas mistas ou com corpos que admitam
mulheres como membros;
- A Grande Loja exerça jurisdição
soberana sobre as Lojas submetidas à sua obediência, isto é, que seja um
organismo responsável, independente e inteiramente autónomo, possuindo uma
autoridade única e incontestada sobre a Arte e sobre os graus simbólicos. Não
pode subordinada a um Supremo Conselho ou qualquer outra Potência;
- As Três Grandes Luzes da Maçonaria
estejam sempre expostas durante os trabalhos da Grande Loja ou das Lojas na sua
obediência;
- Consideração na elevação moral da
Humanidade, através do aperfeiçoamento moral dos seus membros;
- Prática rigorosa dos ritos e do
simbolismo associado à Obediência;
- As discussões de ordem religiosa e política
são estritamente proibidas nas Lojas;
- Que os costumes e os usos da Arte sejam
meticulosamente observados.2
Os
Maçons cultivam nas suas Lojas o amor à Pátria, a submissão às leis e o
respeito pela Autoridade constituída. Consideram o trabalho como o dever
primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas. Estes contribuem,
pelo exemplo activo do seu comportamento viril, digno e são, para o irradiar da
Ordem, no respeito do segredo maçónico. Devem-se mutuamente, ajudar e proteger,
mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as
circunstâncias a calma e o equilíbrio indispensáveis a um perfeito controle de
si próprio.
Os três grandes princípios pelos quais
se rege esta Obediência são o Amor Fraternal, a Assistência e a Verdade. Os
Maçons são ensinados a praticar a caridade e a assistência, não apenas para si
próprios, mas também para a comunidade como um todo. Os Altos Graus integrados
por obreiros da Grande Loja Legal de Portugal e por ela reconhecidos oferecem
meios de aprofundamento espiritual específicos de cada Rito, para a
continuidade harmoniosa do trabalho na Loja. O actual Grão-Mestre da Obediência
é José Francisco Moreno. O perfeito entendimento e respeito mútuo entre a GLLP e a GLRP (Grande Loja Legal de Portugal e Grande Loja Regular de Portugal)
e o relacionamento com potências estrangeiras, muito têm contribuído para que a
Maçonaria Regular Portuguesa desfrute da imagem de rigor e de coesão que tanto
a prestigia. As diferenças pontuais com que interpretam as formas que a cultura
maçónica assume não traduzem contradições mas sim propostas de enriquecimento,
tendo plena justificação a aprendizagem levada a cabo por obreiros que,
trabalhando em diferentes Altos Graus, contrastam versões e interpretações que são
perspectivas de uma mesma obra.3
Ana Cristina Santos
Fontes:
1-
Grande
Loja Legal de Portugal – GLLP/GLRP. Acedido em https://www.gllp.pt, no
dia 23 de Novembro de 2013, pelas 17h
2
– Idem
3-
Idem
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