Apesar de ter tudo
começado da aspiração de
um grupo de ecologistas - United
Tasmanian Group - no sudeste da Tasmânia, em 1972, ‘Os Verdes’
espalharam-se por todo o mundo. E a Europa não foi excepção.
Começando esta
viagem pela Europa pela nossa vizinha Espanha, ‘Os Verdes’ (Los Verdes, em castelhano) foram
fundados em Junho de 1984 com a iniciativa do Manifesto
de Tenerife de 1983. Apesar da sua formalização
enquanto partido político, distinguem-se várias organizações independentes
entre si, nomeadamente os Los Verdes enquanto confederação
que engloba a maioria dos partidos ecologistas e que tem presença em
praticamente toda a Espanha, a Iniciativa per
Catalunya Verds, os Los Verdes - Grupo Verde que não têm representação parlamentar e Os Verdes, integrados na Esquerda Unida e na Iniciativa per
Catalunya Verds ainda sem deputado próprio.
E não se pode falar de Espanha sem mencionar a
Catalunha. Neste sentido, a Iniciativa per Catalunya Verds (ICV) é
um partido político ecologista de origem Catalá cujas influências ideológicas
provêm do comunismo e do eco-socialismo. Fundada a 22 de Fevereiro de 1987 e, com sede em
Barcelona, autodenomina-se como um partido eco-socialista, cuja ideologia está
resumida no livro “O manifesto ecossocialista". De acordo com este
livro, o feminismo e a liberdade dos povos europeus (tal como o País Basco ou a
própria Catalunha) são dois movimentos a defenderem-se seriamente. É uma
ideologia que se apresenta como uma renovação da esquerda contra o comunismo tal como praticado por Margaret Thatcher e Ronald Reagan,
mas também contra a social-democracia, uma vez que esta não responde aos
problemas não só ambientais como sociais.
Em França, os Les Verts tornaram-se
um partido em 1984 enquanto partido político de centro-esquerda e de
esquerda ecológica, após os movimentos ecológicos dos anos 60. O seu primeiro candidato
foi René Dumont, nas presidenciais de 1974. Volvidos 13 anos após formalização
partidária, ‘Os Verdes’ franceses conseguem uma participação no governo da
"esquerda plural" com Jospin. Actualmente, os seus filiados
rondam os 9,1 mil.
Na Alemanha,
Bündnis 90/Die
Grünen (Aliança '90/Os Verdes, traduzido para português) são um partido político desde 13 de Janeiro 1980.
Este surgiu da luta contra a energia nuclear, sobretudo em Baden-Württemberg. A sua expressão
eleitoral em 2011 figurava a a nível federal (nacional) o terceiro lugar entre todos
os partidos representados, a seguir ao CDU/CSU e do SPD.
E, apesar
de ser o mesmo partido, este tem raízes diferentes. Enquanto na Alemanha
Ocidental, a sua origem destaca os movimentos ecologistas cujo desenvolvimento
levou à fundação na antiga RFA, do partido Die Grünen, em 1980; na Alemanha Oriental, a antiga RDA, foram os
movimentos cívicos de resistência ao regime comunista que desenvolveram fortes vínculos
com o Die Grünen. Após a reunificação
alemã,
ambas as correntes juntaram-se e acabam por se conseguir afirmar a nível
federal com um partido minoritário mas estável. Em 1998, conquistaram um
governo de coligação com o SPD, com o o chanceler Gerhard Schröder e o Vice
Chanceler (e Ministro dos Negócios Estrangeiros) Joschka Fischer. Desde a derrota eleitoral desta
coligação em 2005 e o advento de uma coligação centro-direita chefiada por Angela Merkel, a Aliança 90/Os Verdes desempenha um
papel de fortemente activo enquanto oposição, a nível federal. Este partido
teve ainda um decisivo impacto sobre a catástrofe nuclear em Fukushima em que contribui para o encerramento
das centrais nucleares alemãs, até 2022. Presente em todos os parlamentos
estaduais e em seis governos estaduais, este partido defensor de uma ecologia
política e de uma democracia das bases, consagra 59505 membros (dados de
9-11-2012)
No
Norte da Europa, a Irlanda e a Finlândia consagram-se como duas realidades
diferentes, apesar da mesma ideologia.
Na Irlanda,
os Comhaontas
Glas; foram fundados enquanto Partido Ecologista em 1981, em Dublin
pelo professor Christopher
Fettes.
O partido tornou-se Aliança Verde
em 1983 tendo sido renomeado para a sua
actual designação, em 1987. Tendo em conta que a República da
Irlanda
e a Irlanda do Norte têm sistemas de
representação
proporcional
com o voto único
transferível,
esta realidade contribui para que os pequenos partidos tenham mais oportunidade
de ganhar representação. É o caso do Partido Ecologista irlandês. A 14 de Junho
de 2007, na sequência das negociações que chegaram a acordo sobre um programa
de Governo, o Partido Verde integra o Governo com o Fianna Fáil (Soldados da Irlanda - Partido Republicano) e o Partido Democrata Progressista. Neste país, Os
Verdes são o segundo maior partido, depois do Partido Republicano (Sinn Féin).
Já
na Finlândia, a Aliança dos Verdes
- Vihreä liitto, em finlandês - é um partido ecologista fundado desde
1987 e cujo presidente é Ville Niinistö. É um forte defensor da igualdade,
liberdade, desenvolvimento sustentável em que a democracia prevalece sobre o
capital e em que o Estado-social bem como a solidariedade no mundo devem ser
reformados. Lê-se também no seu site oficial que um dos seus objectivos é “libertar a humanidade da guerra, opressão, miséria e
desigualdade”. No que diz respeito aos resultados
eleitorais, nas eleições
legislativas de 2011,
este partido conquistou 212 837 votos (7,2%), tendo ganho 10 lugares no Edskunta (Parlamento,
traduzido para português).
Adriana
Correia
Fontes
http://www.greenparty.ie/ visitado às 18h50 de 23-11-2013
www.iniciativa.cat visitado às
18h30 de 23-11-2013
http://www.partidoverde.org.mx/pvem/
visitado às 18h40 de 23-11-2013
http://www.greens-efa.eu/ visitado às 18h55 de 23-11-2013
www.degrona.fi visitado às 18h12 de
23-11-2013
www.gruene.de visitado às 19h05 de
23-11-2013
http://lesverts.fr/ visitado às 19h09 de
23-11-2013
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.