Esta semana o Ministério da Agricultura havia proposto a redução
do número de animais domésticos por apartamento, visando que será permitido
dois cães, ou quatro gatos, por apartamento. No total, será proibido existirem
mais do que quatro animais domésticos em casa, excepto em caso de propriedades
com espaço suficiente, como quintais, quintas ou caso os animais sejam de raças
puras nacionais e registadas. Como argumento, é colocada em primazia a Saúde
Pública.
O Partido pelos Animais e pela Natureza, veio a público
criticar a ideia do Governo, admitindo que “promove o abandono de cães e de
gatos”, número este, que tende a
aumentar de ano para ano, devido ao recuo das possibilidades das famílias
Portuguesas, em parte, e, por outra, devido à irresponsabilidade apresentada
por outros. “Consideramos que a restrição que se pretende impor constitui uma
intervenção excessiva do Estado na vida privada e familiar dos cidadãos”, é a
mensagem passada pela bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, Laurentina
Pedroso, ao público, revelando-se indignada com a medida proposta.
O PAN admite que as questões da Saúde Pública dependem única e
exclusivamente da responsabilidade de cada pessoa para com os animais que
possui na sua habitação e o Governo estará a adoptar uma posição “abusiva” e “violadora
dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”, sendo preferível a adopção
de um Código dos Animais de Companhia, que promova o nível aceitável no que
toca a cheiros e ruídos, como também no caso de relações para com a vizinhança,
ou em caso de maus-tratos, como abandono, alimentação deficiente e falta de acesso
a cuidados veterinários. Todos estes, quando devidamente assegurados, não irão
provocar quaisquer problemas, evitando-se que os animais sejam entregues “à
miséria e à morte nos canis municipais”, visto que nem sequer é dada uma
hipótese de defesa aos seus donos.
São apresentadas inúmeras questões para com esta proposta,
principalmente para os casos em que o número de animais ultrapassa o limite
exposto. Questionam se serão utilizados critérios (raça, género, saúde e
comportamentais) para a selecção dos animais a manter e se, os que tiverem que
abandonar a habitação, serão levados pelos próprios donos, ou os funcionários
do Estado irão encarregar-se de os levar, baptizando esta medida como “macabra”
e “elitista”.
É prometido, por parte do Partido pelos Animais e pela
Natureza, acções de mobilização cívica, para lutar contra a proposta do
Governo, promovendo, igualmente, incentivos à esterilização dos animais de
companhia, promovendo o acesso ás realidades económicas mais carenciadas e combatendo, assim, a “sobrepopulação e a reprodução descontrolada”, dos animais,
quer domésticos, quer de rua.
Fonte: Comunicado do PAN - http://www.pan.com.pt/comunicados/519-projecto-do-governo-promove-o-abandono-de-animais.html
Andreia Martins
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