terça-feira, 29 de outubro de 2013

OE 2014, um orçamento injusto e irresponsável (Bloco de Esquerda)





Os três anos passados revelam que esta política de austeridade que o Governo português insiste em seguir não é a solução.

A prova que esta política de austeridade não é a mais justa, correcta e eficaz é que, todos os sacrifícios impostos aos portugueses no ano anterior não revelaram qualquer impacto positivo nas contas públicas.

Apesar da ineficiência e injustiça desta política, o Governo insiste em levá-la avante proporcionando menos qualidade de vida a que já tem tão pouco, e atribuindo perdões fiscais aos que já têm muito, «os privilegiados».

A factura da dívida em 2014 irá ser incidir sobre setenta por cento dos salários e pensões e apenas quatro por cento sobre a banca e as grandes empresas. O Governo prepara-se para proteger os privilegiados, que são as grandes empresas (BES, Cofina, Sonae, Semana), e ao mesmo tempo, cortar nas viúvas, nos salários de 600 euros, nas pensões, e na escola pública e no Serviço Nacional de Saúde, ao mesmo tempo que dá benefícios e perdões fiscais às grandes empresas.

Têm sido três anos de um agravamento da crise e um aprofundamento de injustiças sociais que não terá fim com este orçamento. Temos assistido à destruição de postos de trabalho, tendo sido “deitados ao lixo mais de 20 milhões da economia portuguesa” (Catarina Martina, coordenadora do BE).

Para o Bloco de Esquerda não é esta política de injustiça e de miséria que deve ser seguida. Não é correcto e justo para os portugueses que se apoie um Governo que prefere cortar em quem tem menos (salários de 600 € e nas pensões), na escola pública e no Serviço Nacional de Saúde, e ao mesmo tempo, que atribua benefícios e perdões fiscais aos grandes grupos empresariais.

É ao ver o acumular de erros e injustiças como, o aumento do desemprego, o agravamento das condições de vida da maioria das pessoas, o encerramento constante de serviços públicos, que o Bloco de Esquerda considera que, o único a luta é o caminho a seguir. São necessárias mais acções de protesto e indignação organizadas pela CGTP – IN e pelo movimento «Que se lixe a Troika», que levaram milhares de pessoas às ruas. Sim, porque Os mais pobres manifestam-se.

Mas não é só nas ruas que se deve lutar, é necessário que se apresentem medidas alternativas a esta política de austeridade. Neste sentido, o Bloco de Esquerda considera que, é preciso uma “política de rigor”. É necessário fazer crescer a economia portuguesa. Só assim conseguiremos aumentar a receita fiscal, diminuir a sobrecarga da Segurança Social, aumentando o emprego e reduzindo a despesa.

É necessário também, que o Estado adopte o Orçamento base zero isto é, é necessário que cada Ministério proceda à elaboração de um orçamento em que exponha as suas reais necessidades. (João Semedo, coordenador do BE).

É necessário um sistema fiscal mais justo que tribute as grandes empresas e protejas salários e pensões, que se proteja o Estado Social, que se dê prioridade às políticas públicas que apoiam quem está mais frágil.

Jéssica Caetano

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