A proposta de orçamento de estado para
2014 foi conhecida neste mês de Outubro e foram poucas as horas em que este
documento passou impune. Feitas as análises económico-financeiras, é necessário
então prever as consequências políticas deste documento.
Durante este mandato do PSD, muitas foram
as tentativas de ludibriar o tribunal constitucional, inúmeras pressões foram
exercidas sobre este órgão soberano, única e exclusivamente para levar “a bom
porto” políticas desmedidas, políticas essas que hipotecariam a vida de imensas
famílias.
O deputado do partido dos verdes, José
luís Ferreira, disse na Assembleia da República que "Este Governo ficará na história como o campeão das
inconstitucionalidades", o deputado acusa ainda o governo de exercer
varias pressões, "Fosse no Pontal, fosse na Universidade de verão do PSD,
tudo serviu de palco para procurar pressionar e condicionar o TC".
Como tem sido perceptível ao longo
deste mandato, a inconstitucionalidade tem andado de mão dada com o governo,
como se de parceiros se tratassem. Este ultimo orçamento de estado cria-nos uma
dúvida existencial: será que não existe inconstitucionalidades neste orçamento?
São algumas as figuras políticas que afirmam que existe, de facto, inconstitucionalidades
neste orçamento, e que algumas das medidas propostas terão de ser analisadas
pelo TC.
Existe, ainda, uma questão que
importa ser sublinhada. O governo, perante dois “chumbos” do tribunal
constitucional, já deveria estar precavido para estas situações, a menos que
seja essa a sua intenção. Será de todo possível que o governo esteja a criar o
cenário perfeito para gerar uma crise política para assim se recorrer a
eleições antecipadas? O antigo ministro, Diogo Freitas do Amaral, refere-se à
nova proposta da tabela salarial para os funcionários públicos como "discriminatória,
injusta e ofensiva, por impor maiores reduções de salários ao
funcionalismo intermédio do que aos escalões superiores". O antigo
ministro afirma ainda que “a agravar
aceleradamente a tomada destas medidas [do Orçamento do Estado], que são todas
inconstitucionais, para criar um conflito grave com o Tribunal Constitucional
e, a partir daí, poder demitir-se e exigir eleições".
Será que o nosso governo está empenhado a criar uma crise política
apenas para fugir a uma situação que não está a ser capaz de resolver?
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