quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Madeira e a Proposta de OE


A proposta do Orçamento de Estado para 2014 provocou um descontentamento geral nos líderes dos Partidos da Região Autónoma da Madeira.
            A Região Autónoma da Madeira irá receber 172.900.573 contra os 241.698.726 transferidos em 2013. A Região não pode acordar novos empréstimos, formas de dívidas que impliquem um aumento do endividamento líquido. Tais medidas,  em nome da boa execução orçamental e da diminuição do défice orçamental, que este ano deve ficar 5,9% do PIB, superando os 5,5% objectivados para 2013 entre o Governo e a Troika.
            Entre as vozes discordantes, está o líder do CDS/Madeira, José Manuel Rodrigues que considera que a proposta de Orçamento de Estado é restritiva, inconsequente e socialmente injusta, na Comissão Política afirma “O CDS da Madeira, que esteve contra o Orçamento para 2013 por não concordar com o brutal aumento de impostos, não pode agora dar o seu aval a um Orçamento para 2014 que não só mantém o nível de impostos, nomeadamente o IVA do turismo e da restauração , como ainda procede a cortes injustos nos salários dos funcionários públicos a partir dos 600 euros".  
 Rui Barreto, deputado da Assembleia da República pelo CDS-Madeira, deve repetir o voto contra o Orçamento do Estado se este não sofrer alterações que sejam de acordo com as expectativas do Partido. No ano passado, a votação, também, contra o OE resultou na sua suspensão por parte do Conselho Nacional de Jurisdição das actividades partidárias, situação que o CDS-Madeira discordou.
O deputado que representa o PS-Madeira na Assembleia da República, Jacinto Serrão, vai votar contra o Orçamento e propor novas medidas para “minorar a catástrofe que é esta proposta de OE para 2014”, afirmou o líder Victor Freitas.
O Presidente do PS-Madeira aponta que o corte na função pública e aos pensionistas é um ataque e que as medidas tomadas estão a levar o “país para o fundo”. Critica, também, Alberto João Jardim afirmando porque quando em 2007 pediu a demissão por culpa da Lei de Finanças Regionais que transferia para a Madeira 224 milhões de euros e, agora,  prevê-se que em 2014 seja transferido menos 50 milhões do que o valor de 2007, não apresentou a carta de demissão ao Presidente da República, não tendo coerência na tomada das suas decisões.
Alberto João Jardim afirma, também, que os deputados do PSD-Madeira não vão votar favoravelmente a proposta de Orçamento de Estado. Porém, a votação final vai depender das negociações na especialidade, onde vão apresentar propostas de mudança.
O vice-presidente do grupo Parlamentar do PSD-Madeira, Jaime Filipe Ramos,  pediu uma explicação quanto à mudança de 30 milhões de euros para 40 milhões. Apesar de reconhecer que tem a ver com a alteração do IVA, há uma penalização da Madeira. Criticou, ainda, a redução dos salários considerando-a “uma má medida”, lamentado que a Madeira tenha de a aplicar, afirmando  "Tenho pena que a Madeira seja obrigada a aplicar essa medida - já que a legislação não permite que recusemos - porque devíamos recusar pois é claramente tirar poder de compra às pessoas, acabar com o consumo, com empresas e continuar o desemprego".
A generalidade de opiniões reflecte o descontentamento perante as medidas da proposta de Orçamento de Estado, que traduzem mais um ano de austeridade, cortes e duodécimos.



Andreia Oliveira
212301



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