segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Comentadores PS - OE 2014

Na passada terça-feira foi apresentada a proposta do Orçamento de Estado para 2014. Mais uma vez a palavra “austeridade” esteve no centro das atenções. Desta feita, a extensão da palavra (e suas consequências) irá desde o corte nas despesas, - que afectará funcionários públicos e pensionistas (caixa geral de aposentações) - ao aumento de impostos, cortes das subvenções vitalícias recebidas pelos políticos, entre muitos outros. Na base da elaboração do referido Orçamento está a intenção de convencer os nossos credores e para tal, o mesmo objectiva o cumprimento da meta do défice, evitando assim um segundo resgate. A questão que se coloca é a seguinte: Esta austeridade, desde os cortes ao aumento da carga fiscal, não comprometerá a própria meta estabelecida pelo governo no que diz respeito ao crescimento económico, uma vez que o poder de compra diminuirá? Não será, portanto, Portugal, palco de mais um espectáculo que materializa a popular expressão “O feitiço virou-se contra o feiticeiro”, patrocinado pelos nossos “governadores”, tendo o povo na plateia?
Contudo, será relevante analisar a decisão do Tribunal Constitucional, uma vez que existe a forte probabilidade da proposta do Orçamento de Estado ser chumbada o que colocará, naturalmente, o governo numa posição muito pouco confortável.
João Galamba dividiu este Orçamento de Estado em três categorias: em primeiro lugar, referiu-se ao seu processo dizendo que “foi uma autêntica vergonha”, salientando os comportamentos do 1º e Vice- 1º Ministro. Relativamente ao seu conteúdo, afirma tratar-se de uma “aberração, porque este OE vai repetir o que aconteceu em 2011”. E, por último, considera o objectivo deste instrumento como “trágico”. Galamba acrescenta ainda que, volvidos mais de dois anos de fracasso, é “inconcebível voltar ao mesmo, porque este OE não corrige o défice e não satisfaz nenhum dos objectivos”. Em suma, segundo o mesmo, todas as medidas tomadas até então não produziram frutos e portanto, incrementar a austeridade não se apresenta como uma solução para a situação actual do país. É neste sentido que, João Galamba, propõe ao governo que “argumente, conteste, lute e combata” porque a Europa e o Mundo precisam perceber que se não resultou até agora, a mesma solução não resultará futuramente. O que acontece é que será mais uma vez imposto um “sofrimento desnecessário, porque não há melhoras”. A solução que o comentador político e também deputado pelo PS apresenta, caso a União Europeia não ceda, passa pela elaboração de um referendo para se “saber se os portugueses querem o empobrecimento do país e o seu desmantelamento ou se querem sair do euro”.
A verdade é que não se prevê nada de novo para 2014 e José Sócrates reitera “É um orçamento igual aos outros, é mais austeridade, é um remake. Não indicia solução para nada.”.


Sara Francisco

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