As
eleições são “objecto” de análise, com variadas ilações/percepções dos diversos
quadrantes políticos. No habitual debate político de quinta à noite no programa
da Sic notícias, Quadratura do Círculo, António Lobo Xavier deu enfâse à
vitória de Rui Moreira, assim como Nuno Melo tinha feito no dia das eleições.
Admite que a dimensão da vitória foi inesperada e justa, pois na sua óptica é
um candidato com grande valor, uma pessoa liberta das amarras partidárias e uma
mais-valia para a cidade do Porto.
Numa
análise mais ampla desses resultados refere que a vitória de António Costa em
Lisboa teve uma percentagem que já previa, e que foi a única vitória de grande
dimensão para o Partido Socialista. O comentador diz mesmo: “ É evidente que o
PS ganhou e que o PSD saiu derrotado. Mas a derrota do PSD não é assim tão
esmagadora como as circunstâncias o faziam prever. Não percebo o entusiasmo do
Seguro e nem a depressão de Pedro Passos Coelho”.
Refere
que o PSD cometeu erros crassos, e que foi isso que fez perder as eleições e não
propriamente devido às políticas implementadas pelo o Governo e muito menos
pela emergência de Seguro. Quanto a esses erros dá o exemplo da candidatura de
Menezes, refere que foi uma má escolha do partido.
É da
opinião que o discurso de Paulo Portas foi exagerado devido às Camâras ganhas ,
tendo em conta que PSD/CDS enquanto coligação tiveram grandes derrotas e que o
líder do CDS preferiu só analisar os resultados ao nível do partido.
Numa outra perspectiva Celeste
Cardona ligada também ao CDS, refere no DN que cada partido e movimento fazem as
leituras das eleições autárquicas de diferentes maneiras. Crítica o Bloco de
Esquerda pelo facto de não fazer uma leitura dos resultados a nível interno,
mas só de enfatizar a derrota do PSD. Nas suas palavras : “Nuns casos, é assumida a responsabilidade mas não a
"culpa"; noutros casos, é afirmada a maior vitória de sempre mas é
"ocultado" que foram perdidos milhares de votos. Uns dizem que agora
têm mais legitimidade; outros que a legitimidade se mantém em razão da
diferente natureza das eleições”.
Refere com agrado que os portugueses, os muitos que ainda se
dispuseram a votar, deram uma lição ao sistema: “.os portugueses deram uma
grande lição: alteraram profundamente o mapa do poder autárquico no tempo e
pelo modo previsto na Constituição”. Ou seja, a eleição de independentes, os novos movimentos da
sociedade civil, entre outros desenharam uma nova forma de encarar a política e
o sistema. É da opinião que deve-se tirar ilações do que aconteceu nestas
eleições, no sentido em que o modelo governativo a nível local deve ser
reflectido a nível do modelo governativo central.
E neste ponto
ambos os comentadores referidos proferiram opiniões idênticas. No sentido de
quem sabe no futuro não possam existir independentes na assembleia da República.
A questão será se o sistema implementado pretende essa mudança, e se isso não
será “desconfortável” para alguns.
Paloma Colaço
212272
Fontes:
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3455344&seccao=Celeste+Cardona&tag=Opini%E3o+-+Em+Foco&page=2, consultado no dia 8 de Outubro de 2013.
http://www.videosbacanas.com/category/quadratura-do-circulo/, consultado no dia 4 de Outubro de 2013.
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