quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Comentadores CDS

As eleições são “objecto” de análise, com variadas ilações/percepções dos diversos quadrantes políticos. No habitual debate político de quinta à noite no programa da Sic notícias, Quadratura do Círculo, António Lobo Xavier deu enfâse à vitória de Rui Moreira, assim como Nuno Melo tinha feito no dia das eleições. Admite que a dimensão da vitória foi inesperada e justa, pois na sua óptica é um candidato com grande valor, uma pessoa liberta das amarras partidárias e uma mais-valia para a cidade do Porto.
Numa análise mais ampla desses resultados refere que a vitória de António Costa em Lisboa teve uma percentagem que já previa, e que foi a única vitória de grande dimensão para o Partido Socialista. O comentador diz mesmo: “ É evidente que o PS ganhou e que o PSD saiu derrotado. Mas a derrota do PSD não é assim tão esmagadora como as circunstâncias o faziam prever. Não percebo o entusiasmo do Seguro e nem a depressão de Pedro Passos Coelho”.
Refere que o PSD cometeu erros crassos, e que foi isso que fez perder as eleições e não propriamente devido às políticas implementadas pelo o Governo e muito menos pela emergência de Seguro. Quanto a esses erros dá o exemplo da candidatura de Menezes, refere que foi uma má escolha do partido.
É da opinião que o discurso de Paulo Portas foi exagerado devido às Camâras ganhas , tendo em conta que PSD/CDS enquanto coligação tiveram grandes derrotas e que o líder do CDS preferiu só analisar os resultados ao nível do partido.
            Numa outra perspectiva Celeste Cardona ligada também ao CDS, refere no DN que cada partido e movimento fazem as leituras das eleições autárquicas de diferentes maneiras. Crítica o Bloco de Esquerda pelo facto de não fazer uma leitura dos resultados a nível interno, mas só de enfatizar a derrota do PSD. Nas suas palavras : “Nuns casos, é assumida a responsabilidade mas não a "culpa"; noutros casos, é afirmada a maior vitória de sempre mas é "ocultado" que foram perdidos milhares de votos. Uns dizem que agora têm mais legitimidade; outros que a legitimidade se mantém em razão da diferente natureza das eleições”.
Refere com agrado que os portugueses, os muitos que ainda se dispuseram a votar, deram uma lição ao sistema: “.os portugueses deram uma grande lição: alteraram profundamente o mapa do poder autárquico no tempo e pelo modo previsto na Constituição”. Ou seja, a eleição de independentes, os novos movimentos da sociedade civil, entre outros desenharam uma nova forma de encarar a política e o sistema. É da opinião que deve-se tirar ilações do que aconteceu nestas eleições, no sentido em que o modelo governativo a nível local deve ser reflectido a nível do modelo governativo central.
            E neste ponto ambos os comentadores referidos proferiram opiniões idênticas. No sentido de quem sabe no futuro não possam existir independentes na assembleia da República. A questão será se o sistema implementado pretende essa mudança, e se isso não será “desconfortável” para alguns.

Paloma Colaço 
212272

Fontes:
http://www.videosbacanas.com/category/quadratura-do-circulo/, consultado no dia 4 de Outubro de 2013.


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