quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Até quando?


Não foi apenas no passado sábado que um grupo de cidadãos identificados como membros do movimento “Que se Lixe a Troika” decidiu sair à rua para pedir a demissão do governo. Mais uma vez, a situação repete-se.

Hoje, os manifestantes esperaram o Primeiro-Ministro à saída do Centro de Congressos de Lisboa e aproveitaram a ocasião para chamar a atenção à próxima mobilização que está prevista para 26 de Outubro.

No momento em que Passos Coelho abandonou o Centro de Congressos, Rui Franco (membro do movimento) decidiu ler um comunicado que apelava a uma forte mobilização.

No mesmo documento que já conta com 600 assinaturas, pode ser lido: “É tempo de agir. Sabemos que o regime de austeridade no qual nos mergulharam não é, nem será, uma solução. Voltamos a afirmar que não aceitamos inevitabilidades. Em democracia elas não existem”. [1]

Joana Campos, outra activista do movimento demonstrou o seu descontentamento e não deixando de reforçar a necessidade de adesão à futura manifestação, apelou também à participação das iniciativas de protesto que vão para além daquelas que são dinamizadas pelo movimento, nomeadamente a marcha na ponte convocado pela CGTP-IN no próximo dia 19 deste mês.  

O reforço ou a intensidade com que os vários membros fazem o apelo para a necessidade inquestionável de reunir todas as forças necessárias à preconização da luta contra as medidas sucessivas de austeridade, prometem continuar a acontecer com mais frequência, com mais insistência.

Ainda ontem, Nuno Ramos de Almeida criticou ferozmente na sua coluna semanal do Jornal i, uma citação do Presidente da República (proferida no dia das eleições autárquicas) que assegurava não estar dependente da votação dos eleitores para assegurar a sua permanência. No fundo, o activista do movimento, pretende com isto enfatizar o papel “maternal” que Cavaco Silva tem demonstrado. Os lapsos são recorrentes e dia após dia a “trapalhada” vai sendo cada vez mais evidente e como já diz o ditado: «O maior cego é aquele que não quer ver».  

O “clima de impunidade” que é referenciado no artigo, diz ser apenas possível devido à legitimação que é concedida pelos comentadores do regime que são habitualmente contactados. Portanto, aquilo que tem sido feito, não é nada mais do que salvaguardar a desigualdade social. [2]

Enquanto o caminho a seguir for este, os movimentos não vão parar de continuar a lutar por um novo rumo.

 

[1]Jornal Público, Movimento Que Se Lixe a Troika grita “demissão” ao primeiro-ministro, artigo publicado na página do Jornal Público a 9 de Outubro. Disponível em: http://www.publico.pt/n1608533 [consultado a 9 de Outubro às 20h:10]

 

[2] Jornal i, Os inimputáveis, artigo publicado na página do Jornal i a 8 de Outubro. Disponível em: http://www.ionline.pt/iopiniao/os-inimputaveis [consultado a 9 de Outubro às 19h:53]




Margarida Mendes
9 de Outubro de 2013

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