No
contexto de aprovação do Orçamento do Estado decidi focar-me não no Partido
Socialista e seus deputados, como tenho feito anteriormente, mas sim nas
palavras proferidas pelo secretário-geral socialista durante a sua intervenção.
O
secretário-geral do Partido Socialista português, António José Seguro, da sua
intervenção durante a reunião plenária do dia 26 de Novembro, demonstrou como
as medidas que o Governo tem vindo a aplicar nos dois que se encontra no poder
não tem tido muitos resultados positivos, chamando a atenção para o facto de
nem se poder afirmar que o país continua na mesma pois o país tem vindo a
assistir a um aumento do desemprego e da população inactiva e para o facto de a
imigração estar a ser cada vez mais vista como a única solução por milhares de
portugueses.
O
secretário-geral também chamou a atenção não só para o aumento do fosso entre
multimilionários e os pobres como também para o facto de Portugal estar a
caminhar para o desaparecimento da classe média. Já na Grécia antiga o filósofo
Aristóteles considerava que a classe média determinava a estabilidade de um
Estado, podemos também concluir que a fragilização da classe média causada
pelas medidas do Governo pode levar não só a uma desmotivação dos portugueses
para trabalhar como também para apostar no seu país o que levará a um maior
atraso em comparação com outros países da Europa.
Na sua
intervenção António José Seguro afirmou que este orçamento irá deixar marcas,
especificamente “marca da provocação
constitucional; a marca da farsa dos consensos; a marca do preconceito contra
tudo o que é “público” e a marca da hipoteca do nosso futuro”. A provocação
constitucional não se deve apenas ao facto de as normas propostas do Governo
levantarem dúvidas em relação à sua constitucionalidade, mas também devido ao
facto de o Governo tentar condicionar a acção do Tribunal Constitucional.
A “farsa dos consensos” foi demonstrada
devido à recusa do Governo em aceitar as propostas do PS ou sequer a discuti-las.
Já tinha sido dito anteriormente pelo secretário-geral socialista que o
objectivo do Governo nunca foi chegar a um consenso mas sim tentar limitar o PS.
“O preconceito do Governo quanto a tudo o que
é público está bem espelhado neste Orçamento” afirma com convicção António
José Seguro, isto é, nas medidas do Orçamento nota-se um foco sobre os
funcionários públicos, reformados e pensionistas que trabalharam para o Estado.
Também vemos medidas que são consideradas pela oposição como um ataque ao Serviço
Nacional de Saúde e à escola pública. Tem-se vindo a assistir a uma diminuição do
Estado Social. O secretário-geral ainda assegurou que o “PS não permitirá a destruição do Estado Social.”
A última
marca, isto é a “hipoteca do nosso futuro”,
refere-se ao facto das medidas comprometerem o desenvolvimento do país a médio
e longo prazo, pois ao cortar na educação e áreas de investigação não só está-se
a penalizar como também se está a comprometer a capacidade e competitividade do
país.
António
José Seguro ainda na sua intervenção relembrou algumas propostas de medidas
como o aumento do salário mínimo, a criação de um Banco de Fomento e baixar as
taxas de juro a pequenas e médias empresas.
A intervenção
foi encerrada com uma mensagem para os portugueses: “Acreditamos nos portugueses. Acreditamos na sua força e na sua coragem.”
Acrescentando também que com determinação os portugueses conseguirão mobilizar-se
e levar à saída de Portugal da crise.
Laura Cassandra Silva, 211875
Fontes da Intervenção de António José Seguro:
Em vídeo: http://www.ps.pt/video/vervideo/3391/pstv/intervencao-de-antonio-jose-seguro.html?sort=recent
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