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semanal na TVI, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, falou sobre as medidas
relativas às pensões, tal como a Doutora Manuela Ferreira Leite. Tema que criou
alguma indignação pelas pessoas que serão afetadas.
No inicio do seu
comentário, explicou de forma breve e clara a questão da divida portuguesa,
afirmando que “ (…) temos garantido financiamento para uma parte de 2014, mas
temos algumas dividas que vencem. Qual a tática? É trocar a divida que termina
agora por uma divida a um prazo mais longo com condições simpáticas, para os
credores aceitarem”[1].
Acredita-se que esta seja a melhor solução para este problema.
Relativamente à
questão da função pública (quer pensões quer a carga horária). A medida do
Governo de convergência do horário público com o do privado foi aprovada, pelo
Tribunal Constitucional, com uma maioria de 7/6. Esta medida era pensada a um
longo prazo. Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a “primeira tendência do Tribunal
Constitucional era chumbar, mas o Governo explicou o que efetivamente o que se
dizia ali não era um regime de 40 horas mas sim até 40 horas. E se se dizia que
valia para o futuro, já não valia”. O que demonstra uma grave falha de
comunicação e de explicação por parte do Governo e que, segundo Marcelo Rebelo
de Sousa, quer dizer que “ (…) o Governo deve escrever um bocadinho melhor as
leis”[2].
No que se refere
às pensões, existem alguns problemas, Marcelo Rebelo de Sousa aponta os
seguintes:
• Será justo não
haver progressividade nas Pensões?
• Será justo que
quem tem uma pensão de 600€ tenha um corte de 10% assim como quem ganha 2000€
ou mais?
• Outro ponto
foi estabelecer a meta nos 600€ o que quer dizer que em pensões inferiores, era
injusto cortar [e] (…) a maioria propôs passar o limite mínimo para os 675€. Mas
o problema é que pensionistas com 600€ podem ter um corte. [Devido à falta de
explicação] o Tribunal Constitucional deveria criar condições (…) para o
Governo corrigir. O que significa que é mais uma distração do Governo.
Segundo a
Doutora Manuela Ferreira Leite, “ (…) um eventual aumento do IVA tem os mesmos
efeitos que os cortes nas pensões da Função Pública (…) ”. Mas em relação a um
possível futuro aumento de impostos afirma que “ (…) os efeitos recessivos são
maus (se houver um aumento de impostos). Mas, do ponto de vista global, ao
retirar-se rendimento a um conjunto da população, os efeitos são os mesmos. (…)
Se o corte vale 300 e tal milhões de euros, qualquer outra medida alternativa,
não tem de valer mais do que isto. Não percebo por que tem de haver uma medida
mais danosa”[3].
Finalmente, a ex-líder do PSD, tinha esperanças que a medida da convergência de
pensões fosse inconstitucional.
João Martins
[1] Comentário
de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI no dia 1 de Dezembro de 2013 in http://www.tvi.iol.pt/videos/14023818
[2] Idem
[3] Comentário
de Manuela Ferreira Leite na TVI24 no dia 28 de Novembro de 2013 http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/ManuelaFerreiraLeite-%C2%ABAumentodoIVAteriaosmesmosefeitosdocortenaspensoes%C2%BB/1514561-5339.html
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