domingo, 10 de novembro de 2013

O Olhar sobre uma Região esquecida no sul de Portugal

No passado dia 31 de Outubro, recebemos no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, dois convidados. Personalidades distintas, fruto de vivências e experiências diferentes, mas com um ponto em comum, a sua visão sobre duas regiões do país, distintas em diversos factores.
Para representar o “Reino dos Algarves”, foi convidada Rebeca Martins, uma jovem licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais e em fase de conclusão do Mestrado.
Abordando a temática das Regiões, a sua análise incidiu no desafio que foi o antes, o durante e o depois da campanha eleitoral para as Autárquicas que decorreram recentemente no nosso país.
Normalmente, numa eleição local, preza-se pessoas da terra, com uma forte sede de mudança e melhoria das condições da sua população. Foi esse um dos primeiros desafios sentidos pela mais recente deputada municipal do PS Loulé, uma vez que foram diversas as vezes em que foi acusada de “não ser da terra”, fruto da sua vivência em diversas regiões do país e da sua educação superior leccionada e concluída na grande capital do país.
É necessário referir primeiramente o histórico algarvio mais concretamente louletano no que toca à tendência de voto e escolha da cor política.
Sendo um concelho e uma região onde dominava o laranja, o PS Loulé viu-se a braços com um orçamento apertado e limitado para levar avante a sua campanha.
De modo a responder ás necessidades da população, foi feito um levantamento das necessidades da população. A campanha assumiu-se desde cedo como uma campanha sem grandes promessas nem marcos eleitorais, mas sempre pautada com o sentido de urgência na satisfação das necessidades de todos ou louletanos e respectivas freguesias.
Tratando-se de umas eleições autárquicas, o contexto da campanha varia em tudo relativamente a uma eleição legislativa. Foi então escolhido como candidato, Vitor Aleixo. Pessoa trabalhadora, simpática, humilde, utilizando as palavras da jovem deputada, deu à campanha o tal sentido de proximidade com as pessoas, fruto do seu negócio local e do carisma transmitido a todas as faixas da população.
Uma outra variável, foi a aposta nas redes sociais, que terá sem dúvida favorecido o resultado positivo e a consequente vitória do PS na câmara de Loulé.
Contudo, as perspectivas não eram animadoras. Estando à frente dos desígnios da Câmara Municipal, o PSD detinha todos os meios para levar a cabo uma forte campanha. Tal sucedeu, apresentando acções vistosas e exuberantes, em detrimento de uma aproximação mais local, mais porta a porta, levado a cabo pela oposição, o PS Loulé.
Estando agora no comando da autarquia algarvia, coube ao PS o reconhecimento do trabalho anterior realizado pelo PSD, comprometendo-se com as medidas prometidas em campanha, de modo a melhorar e a potenciar as qualidades deste velho concelho Algarvio.
Abordo então como último ponto a vontade e desejo da oradora em integrar-se e efectivamente realizar algo de produtivo pela sua terra.
Não filiada em nenhum partido até à pouco tempo, Rebeca Martins decidiu que era altura de fazer algo pela terra que agora chama sua. Decidindo então integrar o Partido Socialista, rapidamente a sua vontade e trabalho vieram ao de cima, tendo sido surpreendentemente convidada para integrar a lista como número 14.

Numa região onde as associações focadas para a juventude são escassas, é de louvar o interesse dos jovens algarvios pelas questões políticas do seu país, mostrando assim que mais que uma província do Norte de Marrocos, o Algarve é e sempre será português com todo o orgulho.

Tiago Gonçalves 212812

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