O Utah é um dos estados constituintes dos Estados Unidos, localizando-se
na região das Montanhas Rochosas. Este é um estado extremamente importante a
nível financeiro e comercial e é constituído maioritariamente por mórmons.
Fazendo parte da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos últimos dias, representam cerca de 70% da população. Os
mórmons instalaram-se na região do actual estado de Utah em 1847, tendo chamado
a região de Deseret - que significa "mel de abelha" na linguagem
utilizada no Livro Mórmon.
O Congresso cria o Território de Utah a 1850, numa homenagem à tribo nativa americana Ute que vivia na região. A 4 de Janeiro de 1896, o Utah tornou-se o 45º Estado americano.
O Congresso cria o Território de Utah a 1850, numa homenagem à tribo nativa americana Ute que vivia na região. A 4 de Janeiro de 1896, o Utah tornou-se o 45º Estado americano.
Devido à elevada percentagem de mórmons a residir no Utah,
estes representam também a maioria na Câmara, no Senado Estatal, nos Concelhos
Municipais, em todas as grandes empresas e no comércio. Desta forma a igreja
mórmon consegue impor regras relacionadas com a sua crença com muita
facilidade, tendo realizado diversas tentativas para banir o fumo, o consumo de
bebidas alcoólicas e de qualquer produto que possua cafeína (café, chá,
coca-cola, etc.), não tendo sido bem-sucedido em todas.
Existe também uma lei que proíbe o convívio na mesma habitação, de casais que não são legalmente casados, e que para além disso recrimina a existência de relações sexuais entre os mesmos. No entanto, estas proibições não são respeitadas.
No Utah existem pelo menos 30 mil polígamos, segundo o advogado-geral do estado, Jerrold Jensen. As informações são do Washington Post, CBS News e da agência Associated Press.
Existe também uma lei que proíbe o convívio na mesma habitação, de casais que não são legalmente casados, e que para além disso recrimina a existência de relações sexuais entre os mesmos. No entanto, estas proibições não são respeitadas.
No Utah existem pelo menos 30 mil polígamos, segundo o advogado-geral do estado, Jerrold Jensen. As informações são do Washington Post, CBS News e da agência Associated Press.
Após alguma pesquisa acerca de casos concretos que envolvem
membros da igreja mórmon em cargos públicos são encontradas algumas “falhas”,
referentes à sua posição profissional e à sua religião.
Veja-se o caso do ex-senador Bob Bennett (R-Utah), membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias, que refere no The Salt Lake Tribune, que por diversas vezes foi abordado por líderes mórmons que mostraram o seu descontentamento em sequência de medidas tomadas por si.
Esta pode ser uma das razões que o levam também a afirmar que muitas outras medidas que tomou, foram propositadamente de encontro à vontade desses líderes. A imunidade cedida a diversos imigrantes ilegais, que se encontravam a realizar trabalho comunitário para esta igreja, é um exemplo dessas medidas. É no mínimo estranha a facilidade com que se absolve alguém apenas por partilhar a sua crença religiosa.
O apelo à liberdade de escolha é um princípio promovido pelos mórmons em vários dos seus canais de comunicação, tal como a ideia de que não têm uma influência directa na tomada de decisões políticas. No portal oficial da religião (www.mormon.org) podemos ler que “embora acreditemos na tomada de uma posição no que toca a assuntos morais, os líderes da igreja não ditam em que candidatos é que os mórmons devem votar mesmo que o candidato não concorde com a posição religiosa declarada”.
Veja-se o caso do ex-senador Bob Bennett (R-Utah), membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias, que refere no The Salt Lake Tribune, que por diversas vezes foi abordado por líderes mórmons que mostraram o seu descontentamento em sequência de medidas tomadas por si.
Esta pode ser uma das razões que o levam também a afirmar que muitas outras medidas que tomou, foram propositadamente de encontro à vontade desses líderes. A imunidade cedida a diversos imigrantes ilegais, que se encontravam a realizar trabalho comunitário para esta igreja, é um exemplo dessas medidas. É no mínimo estranha a facilidade com que se absolve alguém apenas por partilhar a sua crença religiosa.
O apelo à liberdade de escolha é um princípio promovido pelos mórmons em vários dos seus canais de comunicação, tal como a ideia de que não têm uma influência directa na tomada de decisões políticas. No portal oficial da religião (www.mormon.org) podemos ler que “embora acreditemos na tomada de uma posição no que toca a assuntos morais, os líderes da igreja não ditam em que candidatos é que os mórmons devem votar mesmo que o candidato não concorde com a posição religiosa declarada”.
No estado do Utah podemos encontrar diversas situações onde esta
religião não só se envolve mas domina as escolhas políticas, enquanto principal
patrocinadora de diversos candidatos políticos, com casos que datam, pelo
menos, até ao final do Séc. XX.
O presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias, Thomas Spencer Monson, acredita que muitas pessoas consideram que a Igreja não é completamente neutra no que toca à política, porque desconhecem os assuntos morais que esta defende e nos quais sente a necessidade de se envolver se assim achar necessário. A maioria desses assuntos refere-se, curiosamente, a temas dependentes da escolha individual dos cidadãos, como o consumo de álcool, o jogo ou o casamento homossexual, bem como o controlo da imigração, também considerado um problema moral que afecta as famílias.
Torna-se assim notável uma incoerência no discurso mórmon, pois é aberta uma excepção para “voluntários” mórmons que se encontram ilegais nos Estados Unidos, exigindo em simultâneo um maior controlo da imigração.
E assim se faz política no Utah.
O presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias, Thomas Spencer Monson, acredita que muitas pessoas consideram que a Igreja não é completamente neutra no que toca à política, porque desconhecem os assuntos morais que esta defende e nos quais sente a necessidade de se envolver se assim achar necessário. A maioria desses assuntos refere-se, curiosamente, a temas dependentes da escolha individual dos cidadãos, como o consumo de álcool, o jogo ou o casamento homossexual, bem como o controlo da imigração, também considerado um problema moral que afecta as famílias.
Torna-se assim notável uma incoerência no discurso mórmon, pois é aberta uma excepção para “voluntários” mórmons que se encontram ilegais nos Estados Unidos, exigindo em simultâneo um maior controlo da imigração.
E assim se faz política no Utah.
Mariana Sacadura Franco
Fontes:
www.pime.org.br/mundoemissao/religcristianmormons.htm (Consultado a 24/10/2013)
www.sltrib.com/sltrib/home2/53115419-183/church-lds-mormon-leaders.html.csp (Consultado a 25/10/2013)
www.utah.com/mormon/ (Consultado a 24/10/2013)
www.conjur.com.br/2012-jul-26/governo-utah-recusa-processar-familia-poligama (Consultado a 25/10/2013)
www.saladeimprensamormon.org.br/artigo/a-marca-de-15-milhoes-de-membros-foi-anunciada-na-conferencia-geral-da-igreja (Consultado a 25/10/2013)
www.mormon.org (Consultado a 23/10/2013)
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