terça-feira, 1 de outubro de 2013

Comentários do CDS


A análise da política interna no que respeita ao CDS antes e depois das eleições autárquicas teve leituras diversificadas por parte de alguns intervenientes ligados ao partido, ou que de alguma forma já fizeram parte do mesmo. 
Numa observação à opinião do comentador político António Lobo Xavier no programa Quadratura do Círculo ( Sic Notícias) é de registar algumas ilações que profere sobre o significado do voto no dia 29 e sobre a decisão do Tribunal Constitucional. A seu ver no dia das eleições os resultados estarão “pré-definidos” no sentido de uma vitória do Partido Socialista não de uma forma expressiva, apesar da crispação do governo, diz mesmo : “ Não é saber se o PS ganha é saber a dimensão real da vitória do PS, o próprio líder do Partido Socialista parece pensar nisso. Está a fazer uma campanha muito dramatizada, ao contrário do que acontece com o líder do PSD . O PS mostra que a campanha é dramática, o PSD perder não é novidade, mas sim haverá uma vitória frágil do Partido Socialista, é um problema interno que terão que resolver”. Na sua análise quando se refere à oposição é claramente referente ao PS que apesar de ter uma conjuntura mais favorável, só saíra vencendor porque o governo sáira punido pelos cidadãos. Ilustra que isso acontece sempre nas eleições autárquicas e para o parlamento europeu.
Um dos outros focos das suas observações foi referente ao Tribunal Constitucional, que em certas situações faz bem o seu papel e em outras não acontece o mesmo na opinião do comentador. Para este a crise política é o maior ataque à credibilidade de Portugal, mas que por vezes o TC é um dos factores desse problema que pode pôr em causa os interreses do país.
            Numa outra análise aos acontecimentos recentes, mais propriamente antes da ida às urnas no domingo, o líder histórico do CDS, Diogo Freitas do Amaral, defendeu que as eleições locais têm sempre uma leitura a nível nacional. Aponta para uma vitória do PS, com uma grande derrota para os partidos da coligação(PSD/CDS) e que essa derrota terá consequências a nível nacional. Partilha também da opinião de quem está no Governo saí sempre penalizado nas eleições autárquicas.
            No que concerne ao rescaldo das eleições e aos seus resultados (programa das eleições autárquicas na TVI) Nuno Melo (CDS), deu grande enfâse à vitória de Rui Moreira (Independente), apoiado pelo seu partido. Refere que o CDS conduziu muito bem a escolha dos seus candidatos, arriscou no apoio ao canditado Rui Moreira à Camâra do Porto, mas que foi uma aposta ganha, pois o seu partido também saí vitorioso. Referiu que o CDS não quer apropriar-se dessa vitória, mas que também é do seu partido. No seu ponto de vista, a derrota do canditado do PSD, Luís Felipe Menezes, ao Porto não afecta a coligação, visto que o seu partido deu apoio ao candidato vitorioso.“O Governo está coeso. Muito do PSD também esteve na vitória do Rui Moreira (Rui Rio)”, disse o Nuno Melo. Refere que nos casos em que o seu partido vai a voto em coligação com o PSD é totalmente solidário ganhando ou perdendo. Não partilha da opinião que há diferença de posicionamento entre o PSD e o CDS.
            Numa observação mais ampla aos últimos acontecimentos o Partido Social Democrata saí claramente prejudicado das eleições como os próprios comentadores referidos haviam dito. A surpresa é que o CDS conquistou resultados favóráveis que provavelmente os mesmos não previam nestas eleições, para além de Ponte Lima que conseguiram manter, conquistaram a presidência de mais quatro autarquias. A ideia que transpareceu na intervenção de Nuno Melo é que há o “CDS partido” e há o “CDS governo”. O povo é soberano e age conforme as suas preferências, apesar de um elevado número abstenção uma das grandes ilações a retirar-se é que estes resultados reflectem o descontentamento dos cidadãos.

Paloma Colaço Nº212272

Fontes
Programa das eleições autárquicas de dia 29, TVI e SIC

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