quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Autárquicas 2013



As eleições autárquicas do passado dia 29 mostraram mais uma vez o descontentamento e desilusão que os eleitores têm vindo a demonstrar pelas políticas do actual governo. Os resultados obtidos pela CDU revelaram uma mudança de comportamento político através do voto se pensarmos que não só reforçou a percentagem eleitoral e confirmou a sua presença nas maiorias que já detinha mas também conquistou novas maiorias como Évora, Grândola, Vila Viçosa, Silves, Loures, entre outras. Assim, são alcançadas 34 presidências de Câmara, 213 mandatos e 552,506 votos.
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do partido, em declarações à comunicação social após a reunião do Comité Central, deu especial ênfase ao facto da CDU ter sido a única força política que cresceu em votos, percentagens e mandatos. Lembrando sempre que estes resultados são o reconhecimento por parte das populações, do trabalho que tem sido feito nas autarquias.
Estas eleições autárquicas podem muito bem ser analisadas como um exercício de preparação para as próximas legislativas e a reflexão a que os resultados obtidos nos permitem chegar é clara: o Partido Comunista assume uma posição de poder que lhe permite reforçar a sua acção enquanto oposição ao actual governo e as respectivas políticas. Estes resultados merecem uma análise em dois sentidos: se por um lado seria previsível o aumento da percentagem conseguida pelo Partido Socialista numa lógica que tem vindo a ser confirmada pelo tempo, de alternância do poder entre o PS e PSD, por outro observamos um aumento expressivo de votos na CDU o que se traduz numa crescente necessidade por uma política alternativa às que estão a ser levadas a cabo pelo actual governo com o apoio (quase) inequívoco do Partido Socialista.
Não são apenas os resultados em si que são reveladores: a própria abstenção merece ser analisada num contexto próprio. 47,4% dos eleitores recenseados não foram votar  e o número de votos em branco e nulos chegou mesmo a ser maior do que o número de votos em partidos como o CDS e o Bloco de Esquerda, tendo atingido os 6.82%.

http://www.cdu.pt/2013/ acesso a 1/10/2013 às 17.55


Ana Sofia Vilarinho de Almeida  
212280

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