Primeiramente, é essencial referir
que, embora se esteja em período de campanha autárquica, a realidade vivida no
país tem como principal foco a necessidade de resolver os problemas financeiros
de Portugal. Deste modo, as principais manchetes apontam para os resultados da
oitava avaliação da troika, para a incerteza política, para os elevados juros
da dívida pública, para o falhado regresso aos mercados, para a análise da
execução orçamental e para a possibilidade de existência de um segundo resgate
financeiro.
Relativamente
à oitava avaliação da troika, Pedro Passos Coelho demonstrou a sua intenção em
manter o rumo no que toca à definição do limite do défice, resguardando que o
programa de ajustamento é para cumprir. Contudo, já não falando em oposição,
até mesmo dentro do próprio Governo existem diferentes posições quanto a este
assunto, talvez até por uma questão de campanha eleitoral, visto que existem entidades
defensoras de que a oposição a algumas circunstâncias acabará quando as
eleições autárquicas estiverem passadas.
Dentro deste grande tema, é fundamental referir as contradições
existentes entre o Relatório do FMI e a mesa de negociações. Assim, crucial
será mencionar que a debilidade económica só contribui para o aumento das
tensões políticas e para a diminuição da credibilidade portuguesa a nível
internacional.
Para
compreender melhor esta dinâmica há que ter em conta as afirmações de alguns
entendidos relativamente ao poder financeiro como é o caso de Nouriel Roubini.
Este afirma que são as eleições autárquicas e as decisões do Tribunal
Constitucional que vão decidir o futuro visto que são o espelho da “fadiga da
austeridade”. Esta fadiga poderá, então, conduzir a um segundo resgate e a uma
reestruturação da dívida pública.
Durante esta semana, Portugal falhou o
regresso aos mercados e foram evocadas algumas ideias como a criação de um
Orçamento de Estado mais duro para que se evite um segundo regate. A oposição
ao Governo acabou por considerar que este estava a fazer uma espécie de
chantagem para com os portugueses.
Por
fim, quanto aos resultados da execução orçamental, a receita atingiu maiores
números mas a despesa manteve-se. Os juros da dívida pública acabaram por
baixar mas não de uma maneira significativa. Neste seguimento conjuntural, o
principal problema a ser debatido é a incerteza política que acaba por colocar
em causa todas as decisões financeiras.
Fontes:
Programas: 25ª Hora - TVI 24
Noticiários diários - TVI 24 e SIC Notícias
Jornais: Diário Económico
Alguns links importantes a consultar:
"Fitch coloca incerteza política como um dos maiores riscos em Portugal", in http://economico.sapo.pt/noticias/fitch-coloca-incerteza-politica-como-um-dos-maiores-riscos-em-portugal_177920.html, consultado a 25/09/2013.
"Receita Fiscal rende mais de 13 milhões até Agosto", in http://economico.sapo.pt/noticias/receita-fiscal-rende-mais-13-mil-milhoes-ate-agosto_177833.html, consultado 24/09/2013.
"Credores pressionam governo para garantir ajustamento", in http://economico.sapo.pt/noticias/credores-pressionam-governo-para-garantir-ajustamento_177763.html, consultado a 24/09/2013.
Patrícia
Paulino
19/09/2013
a 25/09/2013
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.