No habitual debate político sobre a política do país no programa Quadratura do Círculo, António Lobo Xavier, profere comentários relativos a algumas temáticas entre os quais aquilo que se pode esperar do Orçamento de Estado para o próximo ano.
A seu ver o Primeiro-Ministro não tem plano nenhum para Portugal no futuro, que as declarações de Pedro Passos Coelho não passam de frases de improviso para a situação complicada que se atravessa . O comentador quando questionado sobre a perda de Soberania refere que não existe transferência mais automática do que ser a Troika a financiar-nos. Sendo que é mais que evidente que o nosso país à muito que não é dono do seu “destino” e muito menos das suas decisões.
Na opinião de António Lobo Xavier existe dois discursos diferenciados dentro do Governo, um por parte do Primeiro-Ministro que demonstra pelo seu discurso a situação dramática, quase catastrófica que o país atravessa. Ao contrário do que acontece por parte de alguns Ministros do CDS, diz o comentador : “Existe outro discurso dentro do Governo. Outros Ministros, maior parte do CDS, vão tendo um discurso diferente, não catastrófico, com outro entusiasmo, mais optimista, por vezes em excesso”. É da opinião de que um discurso catastrófico não ajuda a relançar a economia. Contudo, é preciso ter em conta a duplicidade dos dois discursos.
No seu entender, as pessoas tem mais esperança num discurso que transmita confiança na retoma do crescimento e da economia, por mais pequenos que sejam esses sinais. Partilha da opinião, que certamente muitos portugueses partilham, de que o Orçamento de Estado não vai trazer boas surpresas. Por isso a expectativas não são as mais animadoras, e quanto a isso o sentimento deve ser generalizado à grande parte das pessoas.
Entende o facto de por vezes ser o PSD e outras ser só CDS a “dar a cara” por determinados problemas. Neste caso refere-se ao corte das pensões em que foi o CDS a vir a público falar deste assunto. Associado a este problema levanta-se logo a questão da sustentabilidade da Segurança Social, que para o comentador tem de haver um plano bem delineado, uma estratégia que permita o sistema funcionar. É do futuro de todos que se fala e por vezes não se compreende que não exista um plano bem articulado.
Um outro tema abordado foi o caso do Ministro dos Négócios Estrangeiros Rui Machete sobre as declarações em Angola , que António Lobo Xavier afirma que é incomodativo ter pessoas no Governo que debilitam a autoridade moral. Pois isso transmite falta de credibilidade, não só do Governo como do País em geral a seu ver.
No final dos seus comentários demonstra pessimismo para o futuro:” Não estou a ver sinais de grande melhoria, como gostaria, de forma clara e ostensiva, e isso angustia-me “. De facto é uma opinião que a maioria partilha, e se por uma lado todos os dias é essa a mensagem que é passada, por outro existe sempre o sentimento de que pode vir a melhorar, resta saber quando!
Paloma Colaço
Nº212272
Fontes :
Programa da Sic Notícias “ Quadratura do Círculo”, no dia 10 de Outubro de 2013
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