Na sequência de um convite feito por mim ao Dr. Carlos
Magno, ao abrigo do tema em questão para o debate da aula, irei elaborar uma
análise à sua participação na aula.
Para começar, o nosso convidado é uma pessoa extremamente
acessível em termos humanos e com uma cultura fora do comum devido à sua enorme
experiência de vida e contacto com outras vivências.
No início da sua intervenção fala da experiência de
trabalho que tem juntamente com o Prof. Maltez, referenciando um amigo que têm
em comum - Francisco Lucas Pires - que influenciou o Dr. Carlos Magno a
dedicar-se ao estudo do Norte do país.
Posteriormente a esta pequena curiosidade, começa por
contar que o Norte é completamente desprezado, principalmente pelos lisboetas,
que refere que têm um défice de conhecimento do território, no seguimento duma
afirmação que foi. "Nós avaliamos pelos mapas que temos na cabeça".
Depois aprofunda um pouco mais no assunto sobre o qual foi
convidado e começa a falar um pouco sobre geografia em termos mundiais e refere
que Portugal é muito pequeno e que a Polónia tem uma péssima geografia:
"Trocavam a história pela geografia".
De seguida dá uma ideia da noção de tempo/espaço da
globalização, pois esta não é só referente ao espaço, também é tempo.
Voltando à questão nacional e
interagindo com a oradora que estava responsável pela região do Algarve -
Rebeca Martins – diz que essa mesma região é um território sazonal e refere que
quando os algarvios falam do Norte, normalmente estão a generalizar o assunto.
Transmite-nos o que para ele significa uma cidade, que é o
elemento essencial de ligação entre as pessoas de todas as regiões, países e
que sem estas e a ligação entre elas as regiões e os países não existiam. Para
suportar este pensamento, o Dr. Carlos Magno cita uma afirmação de Rui Moreira,
recém eleito presidente da câmara municipal do Porto, ao jornal “El País”
e que diz o seguinte: “Só quero que o Porto lidere uma rede de cidades”.
Em seguida a esta citação, o Doutor alarga novamente o
âmbito da conversa e comenta a actual crise que vive o país e a Europa. Diz que
o sistema rebentou completamente e que são necessárias novas ideias e medidas
para se voltar a acreditar que é possível dar a volta à situação.
Por fim, conclui a sua sábia intervenção com o tema das
eleições autárquicas, mais concretamente sobre a vitória de Rui Moreira na
câmara municipal do Porto dizendo que a vitória foi de uma pessoa da elite,
burguês e dandy que com um grupo de pessoas bastante alargado em termos
de espectro político arrebataram a vitória de forma categórica.
Para concluir o meu relatório, tenho de agradecer mais uma
vez ao Dr. Carlos Magno a sua presença na nossa aula. Foi um óptimo contributo
que conquistou a “plateia” por completo devido à imensa sabedoria e fluidez de
comunicação.
Gonçalo Serpa
Nº212809
10 de Novembro, 2013
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